O que realmente importa na adoção?

A data 27 de abril de 2010 significou uma conquista para os casais homossexuais. Juntamente com a lei que permitiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovada no ano de 2013, esta data marcou a legalização da adoção por casais homoafetivos. A decisão partiu da ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, e dos ministros do STF, que alegaram que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não definia características que os adotantes deveriam possuir, não havendo nenhum parágrafo dizendo sobre os pais não poderem ser do mesmo sexo. Outra vitória foi o direito de ter o nome dos dois pais homoafetivos constado na certidão de nascimento da criança adotada.

Infográfico sobre a adoção por casais homoafetivos

No Brasil, para um casal adotar, é preciso que os pais adotivos passem por um processo judicial. Antes de conhecer crianças e escolher qual deseja, é preciso entrar em contato com a Vara da Juventude, onde vão ser assinados vários papéis referentes à adoção. Após a avaliação psicológica, o passo seguinte é aplicar os filtros para o tipo de criança que o casal deseja. Assim, quando houver uma criança de acordo, o casal deverá conhecê-la e se quiser mesmo adotar, deverá entrar com outros papéis para o processo ser concluído. Outra etapa importante é a adaptação desse casal com a criança escolhida. Segundo a Assistente Social do Lar da Criança Itatibense, Tomires Braga, esse período serve para a criança se adaptar ao novo lar e se sentir parte da família nova, um período muito importante para a criança decidir se quer mesmo ser adotada pelo casal que a escolheu.

Quando casais homoafetivos vão adotar, o processo é exatamente o mesmo que passam os casais heterossexuais. Porém essas pessoas estão sujeitas a passar por situações de preconceito, o que é extremamente desagradável e inadmissível. Infelizmente o Brasil ainda é local de muito preconceito em relação a esse tema, onde diariamente homossexuais são espancados e mortos nas ruas.

O que realmente importa é que os pais possam criar bem o filho adotado. Essa é a função dos pais adotivos: dar proteção à criança e fazer com que ela sinta que tem pais que não são de sangue, mas são de coração e os amam incondicionalmente. Se isso for cumprido, o sexo de quem cria esses filhos pouco importa, pois eles crescerão da mesma forma que os filhos de casais heterossexuais, sendo fruto de amor e carinho.

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