Reportagem publicada no portal Digitais: https://digitais.net.br/2018/04/digitais-campinas-pilates-na-terceira-idade-ajuda-a-combater-doencas/
Dores na coluna, perda de equilíbrio e o enrijecimento das articulações são alguns dos problemas que enfrentamos com o avanço da idade. Por esse motivo, os idosos vêm se preocupando cada vez mais com a qualidade de vida e com o seu próprio bem-estar. Em busca disso, procuram alguma atividade física dentro de suas limitações, para evitar o sedentarismo e o enfraquecimento dos músculos e ossos.
Segundo a fisioterapeuta e professora de pilates Mariana Zorzi, esta técnica de exercícios físicos é muito procurada por pessoas da terceira idade. “A proporção de idosos é muito grande, sendo que na fase juvenil, os adolescentes não estão muito preocupados em bem-estar e qualidade de vida, mas sim em manter um corpo legal. Já os mais idosos, procuram o pilates para diminuir as dores e se sentir bem”, afirmou Mariana.
Os exercícios são desenvolvidos de acordo com a limitação de cada pessoa, respeitando os problemas que cada aluno apresenta, como artrose, artrite, osteoporose e sarcopenia (consequência natural do processo de envelhecimento do ser humano, que perde massa muscular). “Há muitos benefícios que o pilates traz, os exercícios são adaptados e com baixo impacto, o que é de extrema importância nessa fase, onde os ossos e as articulações estão bem prejudicados. Há o treino de equilíbrio, tonificação da musculatura, alívio de dores, alívio do estresse, coordenação motora e muitos outros”, disse.
Fisioterapeuta Mariana Zorzi e aluna Maria Eugenia Franco Silva, fazendo um treino de equilíbrio
De acordo com a fisioterapeuta Rafaela Fazio, muitos procuram o pilates para a reabilitação. “Sabemos que os idosos necessitam de uma atenção especial, afinal todos seus sentidos de uma certa forma são comprometidos pelo fator idade. O foco na reabilitação desses pacientes é procurar com que o mesmo tenha uma vida normal, dentro de suas limitações. Trabalhamos de uma forma dinâmica os alongamentos, fortalecimento muscular, melhora do equilíbrio e marcha, criando maior independência nas suas atividades diárias” disse.
Exemplo disso é a idosa Araci Gotardo Gambeloni. A aposentada fraturou o fêmur esquerdo e direito devido à osteoporose. Após várias cirurgias, Araci fez seis meses de fisioterapia e decidiu iniciar o pilates. A senhora conta que começou a pesquisar uma atividade física adequada a sua condição. “Nos primeiros meses foi bem difícil, dava medo de tudo e eu não parava em pé por falta de equilíbrio. Nesse tempo de exercícios, as dores diminuíram bastante e até parei com alguns remédios” contou.
Araci Gambeloni fazendo exercícios de alongamento
Outro exemplo é a idosa Maria Eugenia Franco Silva, que uma grave lesão na coluna levou à redução de sua mobilidade. “As dores nas articulações limitavam muito meus movimentos e como eu ficava deitada, minha musculatura também enfraqueceu. Seguindo orientação do ortopedista, procurei fisioterapeutas que utilizassem o pilates focado na recuperação. Tive de volta a mobilidade e agora posso desempenhar minhas tarefas sem dores e com mais segurança” disse Maria. De acordo com ela, os exercícios foram muito benéficos, trazendo a força e flexibilidade de volta. A idosa afirma que o pilates trouxe um equilíbrio físico e emocional, proporcionando uma melhor qualidade de vida.